Mugo, para os outros, é um herói. Porém, Mugo se ressente da posição central e simbólica que ocupa. À sua volta giram nomes como Karanja, Gikonyo, Mumbi, General R. e Kihika. Às vésperas da Uhuru do Quênia, Mugo terá de decidir se tomará para si o papel de herói ou deixará como legado aquilo que o aflige.
Numa narrativa poética e horizontal, Ngugi wa Thiong’o traduz o Quênia efervescente pela recém-conquistada independência. Em meio a comemorações e resoluções para o novo futuro, wa Thiong’o nos mostra que pensar e agir no presente é uma obrigação permanente para alcançar a verdadeira independência.
Publicado no Brasil em 2015 pela editora Alfaguara, com tradução de Roberto Grey Um Grão de Trigo (publicado originalmente em 1967) é um dos grandes romances sobre os processos de independência das nações africanas e seu caráter humano e revolucionário.