Escrito em 1953 e lançado apenas em 1963, As Lembranças do Porvir é considerado por alguns a semente do realismo mágico na América Latina. Lançado quatro anos antes do aclamado Cem Anos de Solidão, do colombiano Gabriel García Márquez, o livro da mexicana Elena Garro desperta a magia do cotidiano tão característica ao movimento que anos mais tarde levaria o boom latino-americano para o mundo.
Ixtepec é uma pequena cidade, agora dominada pelo cruel General Rosas e seu exército. Através da violência irrestrita e indiscriminada, a cidade se movimenta e reúne as memórias de seus habitantes para torná-las una, repercutindo o cotidiano em todas as suas diferenças. O tempo está suspenso e as crianças guardam vivas memórias do seu futuro, cíclico, o que dá título ao livro.
É nesse ambiente que Elena Garro desenvolve o seu principal romance, inédito no Brasil até 2018, quando foi publicado pela editora Arte & Letra, com tradução da Iara Tizzot.
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